O mundo está produzindo, diariamente, uma quantidade gigantesca de informações, e por isso o Business Intelligence tem ultrapassado o nível de mero conceito para atingir o status de cultura organizacional em departamentos jurídicos de sucesso, assim como já é na indústria e em outros setores do mercado.
Entretanto, existem poucos conteúdos na internet que tratam do assunto com a devida profundidade e explicam no detalhe como esse inovador conceito deve ser aplicado ao contexto jurídico, bem como suas vantagens e peculiaridades mais evidentes.
Se você está curioso para conhecer. Então, continue a leitura e garanta um lugar de destaque para o seu departamento no futuro da profissão.
O que é Business Intelligence?
Equivalente à “Inteligência de Negócios” em sua tradução literal para o português, o Business Intelligence é um conceito que visa a aplicação de técnicas específicas para a coleta, organização, análise e compartilhamento de dados, com o objetivo de influenciar positivamente a tomada de decisão dos profissionais da advocacia.
Em última análise, são as ações que vão garantir o melhor aproveitamento dos dados gerados e coletados. Nesse sentido, portanto, o Business Intelligence é um procedimento indispensável para os setores jurídicos, em razão do volume de informações produzidas atualmente.
Considere, por exemplo, a quantidade de dados que são produzidos todos os dias no judiciário brasileiro. Além do volume, é preciso levar em consideração também que quase todo o sistema de justiça nacional é eletrônico, o que faz com que todas as informações sejam geradas em altíssima velocidade.
Sendo assim, somente um procedimento como o proposto pelo conceito de Business Intelligence é capaz de assegurar que todos os dados criados sejam explorados em todas as suas possibilidades, ou que pelo menos elevem o padrão de serviço, gestão e desempenho dos departamentos jurídicos.
Cabe salientar ainda que, na realidade dos departamentos jurídicos, a fonte geradora de dados não é apenas o Poder Judiciário, ou seja, há sempre outras frentes interligadas produzindo informações igualmente relevantes. Relembre quem mais produz dados:
- Setores administrativos, financeiros e operacionais das empresas;
- Escritórios de advocacia contratados;
- Parceiros comerciais, correspondentes ou empresas terceirizadas.
Sabemos que, na prática, não é muito comum que todos os envolvidos – ou pelo menos uma boa parte deles – utilizem as mesmas ferramentas de armazenamento e gestão de dados, o que torna todo o trabalho ainda mais complexo e desafiador.
Por isso, não há outro caminho senão a implementação do Business Intelligence a partir da realidade de seu departamento jurídico. Em paralelo, gradualmente, exigindo que as outras frentes estratégicas se adequem às operações.
É possível aplicar as técnicas de BI em um departamento jurídico?
Diante de todo o exposto até o momento, não apenas é possível aplicar as técnicas de BI ao seu departamento jurídico como também é fundamental. A dúvida crucial, no entanto, é como aplicar, não é mesmo? Mas não se preocupe! É o assunto que trataremos a seguir.
Em primeiro lugar, a cultura do Business Intelligence depende de pelo menos um software jurídico para a sua devida e correta implementação. Em alguns casos, a utilização de um ecossistema de recursos tecnológicos integrados ou que se comuniquem também seja necessário.
Encontrar o melhor software jurídico para a necessidade de seu departamento jurídico dependerá de uma análise aprofundada sobre as diversas opções disponíveis no mercado e quais funcionalidades cada uma oferece.
Contudo, nós podemos te ajudar a tornar o processo de escolha mais simples e eficiente. Confira o que um software para advogados e departamentos jurídicos deve oferecer para a implementação dos conceitos do Business Intelligence.
Análise de dados
Sem dúvida alguma, a análise de dados é o principal alicerce para a implementação do BI em departamentos jurídicos, pois sua função é transformar as informações disponíveis em insights valiosos para a tomada de decisão e o aprimoramento das estratégias.
A análise de dados promovida pelo conceito de BI facilita a gestão interna do departamento jurídico por meio da avaliação de performance da equipe. Localizam-se os pontos a serem melhorados e em quais situações o trabalho é bem-sucedido.
Monitoramento e acompanhamento dos processos jurídicos
Do ponto de vista processual, a análise de dados permite a identificação e o monitoramento de métricas fundamentais para gestores e advogados, como:
- Tempo médio de duração dos processos;
- Média de condenação de acordo com critérios previamente definidos;
- Taxa de êxito e histórico dos desfechos em processos similares.
É importante acrescentar também que a análise dados judiciais fornece aos advogados e gestores jurídicos diversas possibilidades para além das citadas acima. Todavia, para análise mais profundas, com aplicação de técnicas avançadas, o ideal é utilizar um software de jurimetria.
Aliás, você sabe o que é jurimetria? Acesse o link e descubra agora mesmo.
Minimização de erros com análise preditiva
A análise de dados e a correta implementação do Business Intelligence são alguns dos segredos para se obter um bom resultado na prestação de serviços jurídicos, especialmente no contexto dos departamentos que, para além da performance, dependem de uma excelente gestão de seus parceiros e escritórios terceirizados.
Assim, o alto nível de previsibilidade fornecido na análise de dados é um caminho seguro para as empresas que desejam reduzir substancialmente os erros, sobretudo os que são potencialmente judicializados. É a melhor oportunidade para aplicação da advocacia preventiva.
Além da redução de erros internos que impede o avanço de litígios, a análise preditiva como parte integrante da cultura de BI é excelente para a redução de falhas em processos judiciais, uma vez que são disponibilizados elementos sólidos e confiáveis para a tomada de decisão mais assertiva.
Otimização de processos
Toda e qualquer implementação gerencial, principalmente interna, tem como um dos maiores objetivos a otimização de processos e do tempo. A intensa rotina de trabalho em departamentos jurídicos exige esse cuidado, mesmo antes da ideia de Business Intelligence.
O volume de demandas das quais o departamento jurídico está submetido também é um fator crucial para que a otimização de processos aconteça, de modo que toda a equipe seja não apenas mais produtiva, mas também eficiente.
Nesses casos, a tecnologia, mais uma vez, desempenha um papel fundamental. A automatização de tarefas repetitivas e a análise de dados robusta por intermédio da inteligência artificial são alguns dos exemplos mais comuns.
Ao dispensar os gestores, advogados e assistentes desse tipo de tarefa burocrática, porém indispensável, é concedido aos profissionais mais tempo para focar em atividades que a intelectualidade e a criatividade para lidar com os obstáculos são determinantes.
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